Anúncio da Revista sobre EeE Volume 8, Número 1!
Temos o prazer de anunciar a publicação da
Revista sobre Educação em Situações de Emergência Volume 8, Número 1!
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Esta edição da Revista sobre Educação em Situações de Emergência (JEiE, na sigla em inglês) oferece uma análise de uma vasta gama de dilemas enfrentados em relação à educação em situações de emergência (EeE). A publicação oferece dados acionáveis juntamente com insights para melhorar o bem-estar e os resultados da aprendizagem entre as crianças em situações de conflito e crise. Esta edição chama a atenção para os esforços no campo da EeE para apoiar formas de trabalho mais equitativas e orientadas para a justiça social, especialmente no que diz respeito à criação e à disseminação de dados e evidências da EeE.
A Revista sobre EeE Volume 8, Número 1 inclui sete artigos de investigação, duas notas de campo, um comentário e duas resenhas de livros. A publicação oferece investigação de ponta e trabalho de campo conduzidos por equipas compostas por profissionais, pesquisadores e decisores políticos que vivem e trabalham com diversas populações, em diferentes cenários geográficos, incluindo o Oriente Médio, a América do Sul, o Sul da Ásia e a África Subsaariana. Vários artigos nesta edição são de âmbito global, centrados em particular na prática da EeE e no melhoramento de estruturas, para um entendimento do nosso trabalho em cenários de conflito e crise, enquanto outros artigos incentivam a utilização das lições aprendidas com a implementação de programas ou políticas EeE numa situação e a sua aplicação noutros contextos EeE.
Como uma revista de acesso aberto diamante, o Volume 8, Número 1 da JEiE completo, bem como os números anteriores e todos os artigos individuais, podem ser baixados gratuitamente do completo, bem como os números anteriores e todos os artigos individuais, podem ser descarregados gratuitamente do website da INEE: https://inee.org/pt/journal.
Esta edição está disponível em inglês; o resumo e o título de cada artigo estão também disponíveis em árabe, francês, espanhol e português.
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Journal on Education in Emergencies [Revista sobre Educação em Situações de Emergência] Volume 8, Número 1
ÍNDICE E RESUMOS
Nota Editorial: Journal on Education in Emergencies Volume 8, Number 1
Dana Burde e Heddy Lahmann
Nesta nota editorial, a Chefe de Redação, Dana Burde e a Chefe de Redação Sénior, Heddy Lahmann, da JEiE destacam as contribuições inovadoras que os autores apresentados nesta edição fazem para os processos e o conteúdo da EeE. Esses autores colaboraram em todos os sectores e basearam-se na experiência coletiva do seu trabalho na implementação, na formulação de políticas e em pesquisas relacionadas com a EeE. Aplicam metodologias rigorosas a questões práticas urgentes no campo da EeE e, em suas práticas, promovem iniciativas para dar prioridade à equidade, à representação e à justiça social na definição de programas de pesquisa e investigação, produzindo conhecimento e divulgando evidências. Esta edição da JEiE oferece dados descritivos e exploratórios acionáveis que permitem abordar as principais dificuldades no campo da EeE, incluindo o impacto dos conflitos na educação, nos programas para crianças fora da escola, nos resultados de aprendizagem para jovens vulneráveis, na consolidação da paz sustentável e desenvolvimento, entre outros.
War and Schooling in South Sudan, 2013-2016
Augustino Ting Mayai
O Sudão do Sul esteve envolvido em uma guerra civil de meados de dezembro de 2013 a meados de setembro de 2018. Cerca de 400.000 pessoas morreram e milhões de pessoas foram deslocadas. A economia entrou praticamente em colapso quando a produção do país foi severamente reduzida, fazendo com que a inflação disparasse. Embora a investigação anterior sobre a crise humanitária imediata no Sudão do Sul tenha se concentrado nas deslocações forçadas e na insegurança alimentar, existe pouca informação disponível sobre o impacto de longo prazo que a guerra teve na acumulação de capital humano, nesse contexto. Esta análise explora a variação espacial na exposição à violência para estimar o impacto causal da recente guerra civil sobre a matrícula na escola primária como um instrumento para mensurar a acumulação de capital humano. Os resultados baseados na metodologia «diferenças em diferenças» indicam uma relação estatisticamente significativa entre a matrícula escolar e a guerra. O estudo mostra que as escolas localizadas na zona de guerra do Sudão do Sul perderam por ano, em média, 85 crianças ou 18,5% do total de matriculas. A tendência decrescente na matrícula de meninas não está relacionada com a guerra, o que não é surpreendente; barreiras sociais, incluindo estereótipos de género nas tarefas domésticas, casamento precoce e gravidez fora do casamento, bloqueiam há muito as oportunidades educativas para meninas no Sudão do Sul. Estes efeitos são resistentes a um número de especificações, incluindo a manutenção de um nível escolar fixo e constante para o ajustamento de erros padrão. O artigo apresenta importantes implicações políticas para a educação e para o mercado de trabalho, tanto a nível local como internacional.
How Cognitive and Psychosocial Difficulties Affect Learning Outcomes: A Study of Primary School Children in Syria
Grace Anyaegbu, Caroline Carney, Holly-Jane Howell, Alaa Zaza, e Abdulkader Alaeddin
Atender às necessidades educativas das crianças é cada vez mais reconhecido como uma parte necessária da resposta humanitária em situações de emergência. Sabe-se que experiências de guerra, deslocamento e trauma afetam o bem-estar psicossocial das crianças. Pouco se conhece acerca da forma como a saúde mental e o bem-estar psicossocial afetam a aprendizagem das crianças em situações de emergência. Neste artigo, examinamos este efeito entre as crianças que vivem a crise na Síria. Os dados que usamos são sobre crianças (N = 7.191) que receberam apoio educativo no noroeste da Síria entre novembro de 2018 e maio de 2019. Usámos os níveis de literacia reportados pelas/os professoras/es para medir o nível de aprendizagem dos estudantes e Perguntas do Grupo Washington para medir as limitações cognitivas ou psicossociais. O tempo médio necessário para subir um nível de literacia foi de 64 dias. Ajustamos modelos ordinais mistos para avaliar as associações entre uma, todas ou múltiplas limitações cognitivas e psicossociais. Ter uma única dificuldade cognitiva ou psicossocial foi associado a um pior progresso na aprendizagem. Crianças com duas ou mais limitações cognitivas ou psicossociais tinham menos probabilidade de progredir que outras crianças sem essas limitações. As conclusões sugerem que o apoio psicossocial e cognitivo às crianças em situações de emergência é necessário, não só para o seu bem-estar mas também para as habilitar a aprender de uma forma efetiva.
A Proof-of-Concept Study of Can’t Wait to Learn: A Digital Game-Based Learning Program for Out-of-School Children in Lebanon
Jasmine S. Turner, Karine Taha, Nisreen Ibrahim, Koen I. Neijenhuijs, Eyad Hallak, Kate Radford, Hester Stubbé-Alberts, Thomas de Hoop, Mark J. D. Jordans, e Felicity L. Brown
As avaliações das atividades de tecnologia educativa (ed tech) em ambientes humanitários são escassas. Apresentamos um estudo à prova de conceito do “Mal Posso Esperar para Aprender” (Can’t Wait to Learn, em inglês), um programa de aprendizagem baseado no jogo digital que combina uma conceção de aprendizagem experiencial ativa com conteúdos significativos, adequados à competência e contextualmente relevantes. Avaliamos a viabilidade de utilizar este programa para dar resposta às atuais lacunas educativas no Líbano, implementando o componente Matemática em aulas básicas de literacia e numeracia (n = 30) com crianças fora da escola (n = 390) dos 10 aos 14 anos. Estimámos mudanças na numeracia e no bem-estar psicossocial e realizámos discussões em grupos de reflexão (n = 16), entrevistas com informadoras/es-chave (n = 19), com crianças, facilitadoras/es, pais e membros de uma equipa parceira para entender a experiência vivida, o impacto sentido e os desafios na implementação do programa. As nossas descobertas confirmam a viabilidade da utilização de programas de tecnologia educativa para atender às necessidades de crianças fora da escola, pois vimos melhorias significativas em numeracia, sintomas psicológicos e autoestima; relatos de experiências positivas com o programa; aumento da motivação entre as crianças e facilidade geral de implementação. As melhorias que sugerimos na conceção do jogo e no modelo de implementação apoiarão a adaptação e implementação do programa em curso, com o objetivo de aumentar o acesso à educação de qualidade para as crianças que vivem em cenários humanitários de emergência. As nossas descobertas servirão para futuros estudos que procurem determinar de forma conclusiva a eficácia do programa.
The Role of Technical and Vocational Education in Social Reintegration: Insights from Colombian Ex-Combatants
Maria Paulina Arango-Fernández e Stephanie Simmons Zuilkowski
Programas de reintegração para ex-combatentes, em todo o mundo, promovem a formação e educação técnico-profissional (FETP). O objetivo é ajudar a desenvolver competências, assumir novos papéis sociais e conquistar a aceitação da comunidade. No entanto, as experiências e as perceções dos ex-combatentes que participam nestes programas têm sido pouco exploradas. Portanto, não se sabe se esse grupo considera o acesso à FETP útil na construção de novas redes sociais, o que é um fator crítico na prevenção de novos atos de violência e na concretização da coesão social. Este estudo parte de entrevistas aprofundadas com ex-combatentes do sexo feminino e masculino de Medellín, Colômbia, que estão em vários níveis de envolvimento com a FETP. A pesquisa examinou suas perceções sobre da forma como a FETP contribuiu para a sua reintegração social. Os resultados demonstram que algumas formas de FETP promovem a reconstrução psicossocial e criam laços sociais, enquanto outras reforçam o isolamento e a segregação. Este estudo constatou também que os programas FETP ignoraram as limitações de socialização dos ex-combatentes impostas por ambientes violentos e por sentimentos de estigmatização. Os resultados sugerem a necessidade de complementar os programas de educação para desenvolvimento económico com abordagens que ajudem ao desenvolvimento de laços sociais e de confiança entre os ex-combatentes e as suas comunidades.
Landscape Analysis of Early Childhood Development and Education in Emergencies
Liliana Angélica Ponguta, Kathryn Moore, Divina Varghese, Sascha Hein, Angela Ng, Aseel Fawaz Alzaghoul, Maria Angélica Benavides Camacho, Karishma Sethi, e Majd Al-Soleiti
Apesar da grande quantidade de investigação que apoia o investimento no desenvolvimento e educação da primeira infância em situações de emergência (DPI-EeE), essa área de programação continua a ser desvalorizada e subfinanciada. Aplicamos um enquadramento estratégico de resolução de problemas para enfrentar o desafio do baixo acesso ao DPI-EeE no contexto global. Especificamente, abordamos três causas principais desse problema: a baixa priorização entre setores; a falta de uma caracterização sistemática dos cenários institucionais e programáticos do DPI-EeE e consenso limitado em promoção de causas estratégicas para o DPI-EeE. Para resolver esses problemas, utilizámos uma abordagem de métodos mistos. Conduzimos uma pesquisa de inventário global online com 118 entrevistados, incluindo aqueles que trabalham em ajuda humanitária, DPI-EeE, governo e universidade. Analisámos também literatura cinzenta (n = 218 documentos). Discutimos as nossas seis principais conclusões para divulgar iniciativas estratégicas que podem ser utilizadas para aumentar o acesso ao DPI-EeE em todo o mundo.
Learning to Become Smart Radicals: A Regenerative Lens on the Potential for Peace and Reconciliation through Youth and Education Systems
Mieke T. A. Lopes Cardozo
A cobertura mediática e a política externa, em todo o mundo, muitas vezes espalham mensagens de medo sobre a possível radicalização da crescente população de jovens no mundo. Foram trazidas mais nuances a esses debates, em 2015, pela Resolução 2250 do Conselho de Segurança da ONU e o subsequente Estudo Global sobre Juventude, Paz e Segurança (Simpson, 2018), enquanto uma atenção particular foi dirigida ao potencial da educação para apoiar a ação dos jovens na consolidação da paz. Neste material de reflexão, buscou-se trazer uma nova perspetiva ao pensamento atual sobre a educação em situações de emergência e oferecer uma visão sobre como uma abordagem renovada da educação pode ajudar a reformulá-la para preparar as gerações mais jovens para responder eficazmente à construção da paz e aos ”desafios perversos” relacionados. Foram reunidos dois enquadramentos conceituais existentes – os 4Rs (Novelli, Lopes Cardozo e Smith, 2017) e os 4As de Tomaševski (2005; ver também Shah e Lopes Cardozo, 2019) – que são diretamente relevantes para o campo da educação em situação de emergência. Com base neste trabalho concetual, adotou-se uma lente regenerativa na reconciliação e propôs-se uma lei de três enquadramentos para encorajar uma compreensão mais profunda do potencial transgressivo da educação para inspirar caminhos alternativos e dialogantes para a construção da paz. A leitora e o leitor são convidados e encorajados a aplicar estas explorações concetuais regenerativas à sua própria experiência. O objetivo desta abordagem concetual é inspirar o desenvolvimento de perguntas “radicalmente inteligentes”; para apoiar investigação, política e conceções de práticas que sejam criticamente esclarecidas e orientadas pela consciência; e, finalmente, apoiar o potencial transformador dos sistemas educativos e das partes interessadas para servir as gerações mais jovens de forma mais eficaz e para as capacitar nas respostas aos desafios “glocais” de maneira atenta, consciente e eficaz.
Beyond Numbers: The Use and Usefulness of Data for Education in Emergencies
Elizabeth Buckner, Daniel Shephard, e Anne Smiley
Reconhecendo a falta de conhecimento sobre como melhorar os sistemas de dados para educação em situação de emergência (EeE), examinamos neste artigo de que forma os profissionais de EiE utilizam os dados e o torna os dados “úteis” para eles. Com base em 48 entrevistas semiestruturadas a partir de uma amostra objetiva de profissionais que trabalham no campo EeE nos sectores humanitários, de desenvolvimento, e de estabilização, exploramos as principais formas de utilização dos dados pelos profissionais EeE. Através da codificação indutiva e emergente, identificamos os temas principais, os quais depois desagregamos por sector e papel dos participantes nas operações da EeE. As nossas conclusões indicam que existe uma necessidade comum entre sectores de dados que informam as operações. No entanto, as e os participantes que trabalham a nível nacional ou local falaram mais das utilizações operacionais dos dados e menos das utilizações estratégicas, tais como a definição de políticas e a defesa de interesses. Entretanto, houve uma ênfase notável entre os atores interessados a nível global no reforço dos sistemas de dados e das suas utilizações estratégicas. Neste artigo, destacamos também os múltiplos fatores não técnicos que moldaram as perceções de utilidade das e dos participantes, incluindo a politização dos dados, a perícia dos utilizadores na análise e as relações pessoais e institucionais. Defendemos que as conversas sobre a melhoria dos dados para utilização na EeE não devem se concentrar exclusivamente em ferramentas ou técnicas, mas também em pessoas, instituições e contextos.
Community-Led Provision of Nonformal Education for Displaced Learners in Northern Nigeria
Maryam Jillani
Nesta nota de trabalho de campo, exploro o modelo de coligação comunitária que a Creative Associates International e os seus parceiros utilizaram para fornecer educação não formal a crianças deslocadas fora da escola e jovens, no norte da Nigéria, no âmbito do projeto Education Crisis Response, financiado pela USAID. Embora não haja provas que liguem diretamente o envolvimento comunitário à melhoria dos resultados da educação em contextos afetados por crises e conflitos, a literatura existente e os resultados finais do projeto apontam para a sua importância no campo da educação em situação de emergência. Nesta nota de campo, explico brevemente o panorama da educação no norte da Nigéria, mostro provas globais sobre o impacto da participação comunitária na educação em contextos afetados por baixos rendimentos, crises e conflitos e descrevo a promessa de um modelo liderado pela comunidade, utilizado pelo projeto Education Crisis Response, para melhorar o acesso à educação de crianças e jovens deslocados internamente que se encontram fora da escola . Descrevo também a mobilização comunitária e a abordagem de desenvolvimento de capacidades adotada para o projeto e o seu sucesso em fornecer o acesso à educação para mais de 80.000 estudantes em uma região precária.
Embedding Social and Emotional Learning in Literacy and Teacher Training in Afghanistan
Susan Ayari, Agatha J. van Ginkel, Janet Shriberg, Benjamin Gauley, e Sarah Maniates
Esta nota de campo contribui para a compreensão dos desafios e das oportunidades de apoio à aprendizagem social e emocional (ASE) na educação em situação de emergência, com um foco especial na incorporação de competências sociais e emocionais na aprendizagem da alfabetização nos primeiros anos da escola primária. No Afeganistão, a realidade atual é que muitas crianças e suas professoras e seus professores foram expostos repetidamente a adversidades e a situações altamente desgastantes, como ataques às suas escolas. Pesquisas mostram que a exposição a crises afeta a aprendizagem e o bem-estar tanto de estudantes quanto de professoras/es. Neste artigo, descrevemos como a ASE foi incorporada , no Afeganistão, no currículo de alfabetização nos primeiros anos e na formação de professoras/es, assim como nos sistemas e nas práticas de apoio à educação. Aprofundamos ainda mais os desafios enfrentados e as lições aprendidas ao longo deste processo. A experiência de integrar a ASE em um currículo de literacia de séries iniciais foi positiva, e o feedback inicial sobre a abordagem sugere uma promessa de que esta prática continue a ser positiva. No entanto, é necessária mais investigação, tanto no Afeganistão quanto em contextos, para compreender melhor o impacto da incorporação de diferentes práticas da ASE em materiais de leitura e salas de aula dos primeiros anos e na formação inicial e em serviço de professores. Nota: Esta nota de campo foi escrita antes da mudança de governo no Afeganistão, que ocorreu em agosto de 2021.
Fishing in the Desert: Empowering Sustainable Development through Higher Education in Kakuma Refugee Camp
Dieu Merci Luundo, entrevistado por Paul O’Keeffe
Neste comentário, Paul O'Keeffe fala com Dieu Merci Luundo, fundador do Vijana Twaweza Youth Club, no campo de pessoas refugiadas de Kakuma, no Quénia. Luundo discute como converteu os seus cursos sobre direitos humanos e saúde global, que frequentou na Universidade de Genebra em Kakuma, em ação comunitária. O que começou com o esforço solitário de Luundo para criar peixes em um pequeno lago e cultivar legumes em uma horta modesta, o Vijana Twaweza Youth Club fez crescer em número de sócios e alcance para se tornar um programa premiado e reconhecido internacionalmente na luta contra as alterações climáticas e a má nutrição, em Kakuma.
Making Refuge: Somali Bantu Refugees and Lewiston, Maine by Catherine Besteman
Kelsey A. Dalrymple
Na sua resenha de Making Refuge: Somali Bantu Refugees e Lewiston, Maine por Catherine Besteman, Kelsey A. Dalrymple destaca a importância de quadros históricos, como o que Besteman utiliza, para compreender a prática atual da EeE. Com base em um estudo etnográfico de sete anos, Besteman conta a história das comunidades Somalis Bantu, que foram deslocadas para campos de pessoas refugiadas, no Quénia. Carregaram consigo as suas histórias de subjugação, escravatura e estatuto minoritário durante o seu realojamento e tentativas de assimilação, nos Estados Unidos. Dalrymple conclui que o livro é uma lembrança importante do papel que a educação pode desempenhar na formação da identidade dos grupos de pessoas refugiadas e na mudança cultural.
Those We Throw Away Are Diamonds: A Refugee’s Search for Home by Mondiant Dogon with Jenna Krajeski
Elisabeth King
Na sua resenha de Those We Throw Away Are Diamonds: A Refuge's Search for Home de Mondiant Dogon (com Jenna Krajeski), Elisabeth King estabelece o relato em primeira pessoa de Dogon sobre a sua própria migração forçada, recrutamento e jornada educativa contra alguns dos equívocos mais comuns sobre refugiados e as suas vidas. Como um autodenominado “refugiado para sempre”, Dogon força os leitores a reconsiderar a deslocação ou o asilo como um estado “temporário”. Tendo obtido um mestrado em educação internacional, na cidade de Nova York, Dogon opõe-se à noção de que os refugiados não têm ambições para educação superior. A história de perseverança de Dogon é uma que King diz que deve recordar às leitoras e aos leitores não apenas as raízes da EeE, mas o trabalho que falta fazer.