Partilha de capacidades
A terminologia em torno da "capacidade" varia e diferentes actores do sector humanitário utilizam os termos de formas diferentes. A partilha de capacidades e termos relacionados - como "intercâmbio de capacidades", "reforço de capacidades", "desenvolvimento de capacidades" e "desenvolvimento de capacidades" - podem ser utilizados indistintamente. Seja qual for o termo utilizado, é essencial que a partilha de capacidades ou as actividades conexas promovam a ação humanitária a nível local. Uma abordagem de "partilha de capacidades":
- desafia as formas de trabalho que se baseiam no pressuposto de que as capacidades locais são "inexistentes" ou precisam ser "reforçadas";
- coloca no centro as diversas forças e conhecimentos das pessoas afectadas e dos atores locais;
- reconhece os desequilíbrios de poder entre os atores internacionais, nacionais e locais e trabalha para transferir o poder para os atores e as comunidades locais;
- reflecte os princípios do respeito, da aprendizagem mútua e das parcerias equitativas.
Isto significa que definir a forma como a "capacidade" é entendida em determinado contexto e as acções tomadas para preencher as lacunas deve ser um processo coletivo liderado pelos atores locais e pelas pessoas afectadas.
Adaptado de:
- Barbelet, V. (2019). Rethinking capacity and complementarity for a more local humanitarian action. ODI.
- Grand Bargain Localization Taskforce. (2020). Guidance note on capacity strengthening for localization.
- IASC Localization Taskforce. (2022). Capacity Sharing Scoping Paper.
- Menashy, F. & Z. Zakharia. (2022). Guiding Principles for Promising Partnership Practices in Education in Emergencies. Dubai Cares.
- NEAR. (2020). NEAR Organisational Capacity Assessment tool.